Guião de entrevistas

Exemplo de um guião de entrevistas

                                                 

O guião é o caminho a ser seguido pelo entrevistador. Diferente do questionário, o entrevistador tem o guião apenas como orientador, pelo que, algumas vezes, ao longo da entrevista ele pode não seguir a ordem das questões, mas sabe que não pode sair da ordem determinada pelo guião, que são as questões e estas reflectem os objectivos e quadro teórico do trabalho. O nome das pessoas, geralmente não são citados, há duas vias, ou cria-se um nome fictício (com o conhecimento do entrevistado) ou deixa-se assim mesmo no anónimo.

Tem três partes.

1ª parte – introdução e explicação aos entrevistados do objectivo do estudo e outras questões que achar necessário.

2ª parte – identificação do entrevistado, com as variáveis sociodemográficas do mesmo.

3ª parte – o corpo do guião que começa com as variáveis sociodemográficas e a seguir as perguntas. As perguntas costumam ser abertas, pois, precisa-se ouvir o entrevistado, os seus sentimentos sobre o assunto, contudo deve estar atento por causa do tempo e interromper, se necessário, quando achar que o essencial foi dito.

EXEMPLO do trabalho de Cajiza sobre As crianças acusadas de feiticeiras (2012)

Guião de entrevista

Olá, tudo bem? Olha eu sou o Edgar, sou estudante e estou aqui para falar contigo porque estou a fazer um estudo sobre as crianças acusadas de feiticeiras. Sei que passaste por isso, então gostaria que me ajudasses respondendo as perguntas que farei. Não te preocupes, não me precisa dizer o teu nome e não vou levar este estudo à tua família, nem à polícia e nem a mais ninguém, é mesmo só da escola. Espero a tua colaboração.

Identificação do Entrevistado

- Sexo

- Idade

- Nível académico

- Naturalidade

Perguntas

1 – Antes de vir para cá onde e com quem é que vivia?

2 – Quantos eram em casa e como era a casa (quantos quartos, energia, água potável)?

3 – O que é que os pais (responsáveis) faziam na vida (trabalhavam, estudavam)?

4 – Antes de vir para o centro estudavas? Se sim, onde e que classe? Se não, por
quê?

5 – Os teus amigos se aperceberam que foste acusado de feiticeira? Como é que o tratavam, desprezavam, insultavam?

6 – Conta um pouco sobre como é que o tratavam em casa antes de o acusarem de feiticeira. Como era a relação com os pais (responsáveis) e outros membros da família?

7 - Quem o acusou de feiticeira? Pode falar um pouco sobre como foi isso (o contexto da acusação)?

8 – O que aconteceu depois? O que é que os pais (responsáveis) fizeram depois de o acusarem de feiticeira?

9 – Depois de tudo isso acontecer, fugiste de casa, para ficar na rua e se juntar a outros grupos fora de casa?

10 – Acha ser verdadeira a acusação que te fizeram? Por quê?

11 – O que acha das pessoas que o consideram feiticeira? Como é que os vês?

12 – Acha que o problema da acusação já passou?

13 – Como veio parar neste Centro de Acolhimento e como se sente neste lugar?

14 – Sente vontade de voltar em casa e viver com a família?

15 – Costuma receber visita dos familiares ou amigos? O que é que eles dizem?

16 – O que gostaria de ser no futuro?

Muito obrigado

A ES TRATIFICAÇÃO SÓCIOPROFISSIONAL: Um ensaio na Vila do Dondo

A ES TRATIFICAÇÃO SÓCIOPROFISSIONAL: Um ensaio no Dondo

O presente estudo resulta de um ensaio que visou analisar na realidade do município de Cambambe, a opinião dos cidadão sobre as profissões que representam maior valor em termos de prestígio social, um olhar sobre as que devem ser priorizadas, de uma forma geral no país, e as que devem ter mais vantagens remunerativas. O estudo surge da vontade de praticar os ensinamentos de Sociologia na 12ª Classe sobre classes e estratificação social, daí ter sido realizada com a participação dos estudantes desta mesma classe, turmas das Ciências Humanas A, B e Ciências Económicas e Jurídicas do Instituto Médio Politécnico de Cambambe. A abordagem teórica está assente sobre os fundamentos da teoria Weberiana e seus seguidores. Do ponto de vista metodológico, nos servimos de uma pesquisa bibliográfica e de terreno, que foi possível através da distribuição de questionários pelos mesmos estudantes. Concluiu-se que os professores representam uma classe respeitada e cujo papel social é por todos aplaudido e sabido.

Parabéns a todos os estudantes da 12ª Classe, C. Humanas A e B e Ciências Económicas e Jurídicas e que sirva de exemplo que, o que se ensina é real e aplicado na prática serve para analisar, compreender e solucionar alguma coisa na sociedade.

Ler mais https://drive.google.com/file/d/12uOV8NW3bfsHepVN8whIFJJcSO96o2ZY/view?usp=sharing

A FUGA À PATERNIDADE É RESULTADO DAS DESIGUALDADES E CRISE DOS VALORES SOCIAIS

A FUGA À PATERNIDADE É RESULTADO DAS DESIGUALDADES E CRISE DOS VALORES SOCIAIS

A crise de valores que se divulga hoje, é, na verdade, uma falha das instituições de transmissão da cultura, é uma falta de educação social, é resultado de uma sociedade que não soube se definir quando começou a viver a sua efectiva independência, uma sociedade que, fruto dos conflitos, tentou se organizar política e economicamente, mas não se esforçou a ensinar as pessoas a crescer na diferença, não instituiu os valores mais importantes.

A escola pode ser restruturada, as famílias devem ser chamadas a contribuir e as instituições do Estado devem ser orientadas para este fim como o fim último, não apenas viverem sobre o mercado da competitividade sem limites.

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LIDERANÇA EM CONTEXTO ORGANIZACIONAL1 Prof. DR. Carlos Barracho Resumo de Edgar S. Cajiza 1. ESTILOS DE COMPORTAMENTO Em psicologia, o comportamento é o conjunto de procedimentos ou reações do indivíduo ao ambiente que o cerca em determinadas circunstâncias, o meio. Pode designar um grupo de atividades ou limitar-se a uma só, o comportamento singular. O estilo de comportamento é o modo habitual de a pessoa interagir com os outros. Pode ser determinado através de duas dimensões: 1. Reactividade

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